Concreto Projetado

Desde o início do  século se usa no mundo o  concreto projetado e no Brasil desde a década  de 60. Vem da língua  inglesa  a  expressão gunite,  como  também é conhecido, termo que lembra uma pistola ou um canhão.

Devido a  características  próprias,  se  presta  a  inúmeras  aplicações,  onde requer o uso de formas especiais ou em locais de acesso complicado que dificultam ou encarecem o serviço. É também o mais indicado, se não o único, para realização de concretagens urgentes em socorro de estruturas acidentadas.

Basicamente pode ser de dois tipos; projeção por via úmida ou via seca. Na via úmida o concreto pronto é introduzido na máquina para projeção, onde recebe um jato de ar e é lançado contra a superfície a ser concretada. No processo por via seca, a máquina recebe a  mistura  de cimento  e  agregados  e,  por meio  de mecanismos  de discos alveolares ou câmaras duplas, recebe o fluxo de ar e é transportado seco pelo  mangote até o  bico  de projeção,  onde recebe uma injeção,  sob pressão,  da água
necessária controlada pelo operador de projeção ou mangoteiro.

Nos últimos anos têm­se adotado um procedimento que melhorou e facilitou a projeção  via  seca. Consiste  no pré­umedecimento  da mistura  durante  o  trajeto até o
bico  de  projeção.
O  mangote  é  seccionado a  mais  ou menos  cinco metros  antes  do bico  onde  é  conectado  um dispositivo  que permite  a  injeção  da água.
Este  pré­ umedecimento facilita a aplicação, inclusive diminuindo a quantidade de pó gerado na 2 operação. Reduz também a reflexão – ribound, característica dos concretos projetados, onde, a mistura ao ser lançada sob pressão, provoca o ricochete de partículas maiores, alterando inclusive o proporcionamento de agregados do traço e suas propriedades.